Dinho Ouro Preto vai de Raul Seixas a CPM 22 em álbum solo em que celebra o 'roque em rôu' do Brasil

Atualmente com 55 anos, Dinho Ouro Preto passou a fazer parte da história nacional desse tal de roque enrow em 1983, quando tinha 19 anos.

Naquele ano de 1983, o cantor de origem paranaense foi convidado a assumir o posto de vocalista da banda brasiliense Capital Inicial, arquitetada pelos irmãos Fê Lemos e Flávio Lemos em 1982 na sequência quase imediata da dissolução do grupo punk Aborto Elétrico.

Por isso mesmo, Roque em rôu – quarto álbum solo de Dinho – celebra um universo musical vivenciado pelo próprio artista. O disco está sendo anunciado oficialmente nesta sexta-feira, 25 de outubro, data em que sai EP com três das 12 faixas.

"Quando éramos ainda garotos em Brasília (DF), queríamos ouvir rock na nossa língua, falando sobre nossas vidas e nosso país. Nós não percebíamos o som que produzíamos como algo estranho ao Brasil. Nós achávamos, e eu continuo achando, que não se pode falar da música popular brasileira sem falar do nosso rock", argumenta Dinho na nota que anuncia o lançamento do álbum solo Roque em rôu.

Capa de 'Roque em rôu', álbum solo de Dinho Ouro Preto — Foto: DivulgaçãoCapa de 'Roque em rôu', álbum solo de Dinho Ouro Preto — Foto: Divulgação

Capa de 'Roque em rôu', álbum solo de Dinho Ouro Preto — Foto: Divulgação

Sucessor do introspectivo álbum Black heart (2012) na discografia solo de Dinho, Roque em rôu reúne regravações de 12 músicas de bandas e artistas associados ao universo pop roqueiro do Brasil. A seleção de repertório abrange período que vai da década de 1970 até os anos 2000.

Em bom português, Dinho vai de Raul Seixas (1934 – 1989) e Rita Lee a CPM 22, grupo do qual regrava Tarde de outubro (Portoga, Wally, Badauí, Luciano Garcia e Ricardo Japinha, 2001).

O repertório do álbum Roque em rôu inclui Rolam as pedras (1984) – primeiro sucesso de Kiko Zambianchi, compositor de quem o Capital Inicial regravou Primeiros erros (Chove) (1985) no disco ao vivo acústico de 2000 que revitalizou a carreira do grupo – e Saideira (Samuel Rosa e Rodrigo Leão, 1998), música do repertório da banda Skank.

Dinho Ouro Preto regrava músicas de Kiko Zambianchi e da banda Skank no álbum solo 'Roque em rôu' — Foto: Bruno Fioravanti / DivulgaçãoDinho Ouro Preto regrava músicas de Kiko Zambianchi e da banda Skank no álbum solo 'Roque em rôu' — Foto: Bruno Fioravanti / Divulgação

Dinho Ouro Preto regrava músicas de Kiko Zambianchi e da banda Skank no álbum solo 'Roque em rôu' — Foto: Bruno Fioravanti / Divulgação

Gravado no estúdio caseiro de Dinho com produção musical orquestrada por Marck, o álbum Roque em rôu é desdobramento de show solo em que o cantor abordava somente músicas do cancioneiro roqueiro nacional.

"Ao longo de décadas, foram surgindo sucessivas gerações de talentosos roqueiros tupiniquins. Foram escritas lindas canções. Discos inesquecíveis e importantes foram produzidos. Letras que verbalizavam as inquietações e a esperança de gerações estão na boca do povo até hoje. Em qualquer canto do nosso pais essas músicas encontram forte ressonância. Para mim, celebrá-las é algo simultaneamente importante e divertido", caracteriza Dinho Ouro Preto.

O álbum Roque em rôu foi gravado com os toques dos músicos Fabiano Carelli (guitarra), Lourenço Monteiro (bateria), Gê Fonseca (teclados) e Mauro Berman (baixo).

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